
Categoria: Artigos
Data: 14/09/2024
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro…” (2 Coríntios 4.7)
O cristianismo não tem a ver com o homem, mas com Cristo. O centro do universo não é o homem, mas Deus. O apóstolo Paulo, com clareza sem igual, mostra, aqui, um profundo contraste entre o vaso de barro e o tesouro que ele carrega. O evangelho é um tesouro inestimável, mas o obreiro que o proclama é frágil como um vaso de barro.
O evangelho é mais importante do que o evangelista. A obra é mais importante do que o obreiro. O obreiro é frágil como o barro, mas o tesouro que ele carrega é mais precioso do que muito ouro depurado. O barro tem pequeno valor, mas o tesouro que o vaso de barro carrega é mui precioso. Temos este tesouro em vasos de barro para que o vaso não se glorie de si mesmo. Não pregamos a nós mesmos. Não levantamos altares a nós mesmos. Não acendemos holofotes sobre nós mesmos.
Importa que Cristo cresça e nós diminuamos. Importa que a obra avance ainda que os obreiros tombem. Deus sepulta os seus obreiros, mas a sua obra continua. Não devemos nos desanimar com a fragilidade do vaso, mas nos exultar com a preciosidade do tesouro que o vaso carrega. O evangelho não é sobre nós, mas sobre Cristo. O evangelho não é o instrumento que o leva, mas o tesouro que é levado. O vaso é de barro, mas o tesouro nem todo o ouro do mundo pode comprá-lo.